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sábado, 3 de novembro de 2012

117-O NOVO NASCIMENTO


 
O Novo Nascimento





O motivo porque é necessário

Jesus falou do novo nascimento a Nicodemos, um dos principais dos judeus, o qual tinha vindo ter com ele de noite. Jesus lhe disse: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". (João 3:3-8)
Das palavras de Jesus sobre o novo nascimento se evidência que para entrar e para ver o reino de Deus é indispensável nascer de novo. As seguintes expressões: "...não pode ver o reino de Deus... não pode entrar no reino de Deus... Necessário vos é nascer de novo.." o demonstram. Portanto todos aqueles que querem entrar no Reino de Deus que está nos ceús têm que nascer de novo, de outro modo ficarão fora dele.
Mas porque é que os homens têm que nascer de novo para poder entrar no Reino de Deus? Porque eles estão mortos nas suas ofensas e nos seus pecados privados da vida de Deus (cfr. Ef. 2:1). O novo nascimento é de facto uma ressurreição espiritual que permite àquele que está morto espiritualmente ressuscitar e tornar-se vivo do ponto de vista espiritual e portanto apto a entrar no Reino de Deus.

Como o se experimenta

Mas como se faz para nascer de novo? Das pregações que Jesus Cristo dirigiu aos Judeus, tendo presente que as palavras que ele disse a Nicodemos : "Necessário vos é nascer de novo" eram dirigidas a todos os homens (e não Judeus naturalmente), se evidência que para nascer de novo é necessário arrependimento e crer no Evangelho conforme o que dizia Jesus aos Judeus: "Arrependei-vos e crede no evangelho" (Mar. 1:15).
Não é pois necessário o batismo na água para nascer de novo? Não; porque o novo nascimento se experimenta quando nos arrependemos e cremos no Filho de Deus, e não quando se é imerso nas águas batismais ou quando se sai fora delas. O Batismo representa o que o crente já experimentou pela fé no Cristo de Deus, ou seja, o novo nascimento; a imersão é o sepultamento com Cristo, a saída da água a ressurreição com Cristo.
Alguém dirá: Mas não está porventura escrito que se nasce de novo da água? Sim, mas ela não é a água do batismo, mas a Palavra de Deus que na Escritura é simbolizada pela água conforme está escrito aos Efésios: "Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra" (Ef. 5:25,26), e também em Isaías: "Assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não torna, mas rega a terra, e a faz produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes, fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei" (Is. 55:10-11). Notai com quanta clareza a Palavra de Deus é comparada à água que desce do céu para regar a terra e fazê-la brotar. Ora, João disse que "aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus" (João. 3:34), e de facto, Jesus, enviado por Deus, desceu do céu e anunciou-nos o que ele ouvira de seu Pai, isto é, a Boa Nova do Reino de Deus. E nós que estavamos mortos nas nossas ofensas, fomos regenerados exactamente pela Palavra da Boa Nova nos anunciada por Cristo, conforme está escrito: "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre... E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada" (1 Ped. 1:23,25) e também: "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra de verdade" (Tiago. 1:18). A palavra de Deus nos anunciada por Cristo é portanto o poder regenerador. Eis porque Jesus um dia disse: "As palavras que eu vos disse são espírito e vida" (João. 6:63). E porventura não é verdade que o evangelho da Graça de Deus nos vivificou comunicando-nos aquela vida da qual nós estavamos em tempos privados? Sim, é esta a verdade; nós nascemos de novo pela Palavra de Deus. Mas como disse Jesus, é preciso também nascer do Espírito de Deus. Vamos pois falar também daquilo que fez o Espírito de Deus para nos fazer renascer. Quando nós ouvimos a Palavra da Graça, o Espírito nos convenceu quanto ao pecado, à justiça, e ao juízo e de facto o Espírito Santo foi enviado do céu também para fazer esta obra de convencimento conforme o que disse Jesus antes de ser glorificado: "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado" (João 16:8-11). Irmãos, foi o Espírito Santo que nos convenceu de ser pecadores e incrédulos; nós, antes de nascer de novo considerávamos (apoiados no nosso falso discernimento) não ser pecadores que mereciam ir para o fogo eterno, porque também nós eramos escravos do pecado; nós não falavamos como deviamos porque éramos também nós filhos da rebelião; havia quem dizia: “Mas que mal fiz para merecer o juízo de Deus?’, quem: ‘não mato, não roubo, não blasfemo, do que tenho que me arrepender se não tenho pecados?’, enquanto a Palavra de Deus dizia e diz ainda: "Tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos" (Rom. 3:9-18; Sal. 14:1-3; 5:9; 140:3; 10:7; Is. 59:7,8; Sal. 36:1). Mas Deus foi paciente conosco e esperou que nós reconhecessemos diante d`Ele ser pecadores, que nos arrependessemos e que o invocássemos para que Ele tivesse piedade de nós. Quantos de nós antes de crer no Senhor diziam crer? Muitos; mas não eramos crentes mas incrédulos, porque não tinhamos ainda crido com o nosso coração no Evangelho. Com efeito nós, quando diziamos: “Eu creio”, queriamos dizer: “Também eu ouvi falar dele”; para nós ter ouvido falar do evangelho e crer no evangelho era a mesma coisa, enquanto há uma grande diferença entre ter somente ouvido falar de Cristo (sem crer nele), e ter ouvido falar dele e ter crido nele com todo o coração; no primeiro caso está-se ainda perdido, no segundo está-se salvo com a certeza de ter a vida eterna. Nós todos, antes de nascer de novo eramos rebeldes e malvados, mas graças damos a Deus que pelo seu Espírito, primeiro nos convenceu quanto ao pecado, depois nos vivificou; "O Espirito é vida" (Rom. 8:10) e Ele nos vivificou conforme está escrito: "O Espírito é o que vivifica" (João. 6:63). Muitos sustentam que todos os homens são filhos de Deus, o que equivale a dizer que todos os homens são nascidos de Deus, mas esta afirmação é falsa porque a Escritura ensina que só aqueles que estão no caminho da salvação são filhos de Deus; todos os homens foram criados por Deus mas nem todos os homens foram regenerados por Deus. Jesus disse: "Larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" (Mat. 7:13,14); Nós sabemos que a porta é Cristo, porque Jesus disse: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim salvar-se-á" (João. 10:9), e que o caminho que leva à vida é também Jesus Cristo, porque ele disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14:6), mas sabemos também que são poucos os que encontram o caminho que leva à vida e que o seguem, o que significa que o número daqueles que são nascidos de Deus e que estão sobre o caminho da salvação é pequeno comparado ao número dos incrédulos que caminham sobre o caminho da perdição. A Escritura ensina que só os que receberam Cristo Jesus são filhos de Deus, de facto está escrito: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João 1:12,13), e ainda: "Todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus" (Gal. 3:26). É crendo em Jesus Cristo que o homem se torna filho de Deus por isso os incrédulos não são filhos de Deus mas filhos do diabo porque não crêem no nome do filho de Deus e para confirmar-vos isto recordo-vos o que Jesus disse àqueles judeus que não criam nele e que queriam matá-lo; ele disse-lhes: "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai" (João. 8:44). O apóstolo Paulo, em Chipre, chamou àquele falso profeta judeu de nome Bar-Jesus (que procurava desviar o procônsul da fé) ‘filho do diabo’. Nós sabemos que os falsos profetas são filhos do diabo porque não crêem no Filho de Deus e procuram desviar da fé os que creram no Senhor. Jesus, quando explicou a parábola do joio do campo, disse aos seus discípulos: " O que semeia a boa semente é o filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino e o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou, é o diabo" (Mat 13:37-39); das palavras do Senhor se entende claramente que neste mundo há os filhos de Deus e os filhos do diabo, por isso não podemos dizer que todos os homens são filhos de Deus.
O novo nascimento é uma experiência real que se está perfeitamente consciente de experimentar quando ela acontece e se está perfeitamente seguro de tê-la vivido depois que a se experimentou; e isto apesar de nós não conseguirmos explicar como ele pôde fazer-se na nossa vida porque é uma obra inescrutável operada por Deus pela sua Palavra e o seu Santo Espírito. Podemos compará-lo à saída de um morto da sepultura onde tinha sido sepultado; à saída de um prisioneiro de uma prisão, à saída para a luz do sol de uma pessoa fechada anos em um quarto escuro; a recuperação da vista por um cego de nascença, a um ser libertado de fortes e pesadas correntes; em suma queremos dizer que quem o experimentou sabe o que provou quando nasceu de novo porque é uma experiência que marca a sua existência de maneira radical. O que se experimenta quando se nasce de novo é a salvação, o perdão de todos os velhos pecados. O desaparecimento portanto daquele sentido de culpa que aflige o homem sem Deus. Por isso quem nasce de novo está seguro de ter no instante sido salvo, de ter sido purificado de todos os seus pecados e de não ter mais a consciência que o acusa. E isto logo produz nele um grande gozo, um gozo profundo que jorra de Cristo que vem morar no seu coração; e juntamente com o gozo uma paz profunda, verdadeira, que vem ainda de Cristo. Ele torna-se assim um Filho de Deus; como? Já o vimos; pelo arrependimento e a fé em Cristo. Mas está seguro de ser um filho de Deus? Com certeza. Com que fundamento pode dizer ser um filho de Deus? Em virtude daquilo que diz a palavra de Deus; "Mas , a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" (João. 1:12), e ainda: "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus!" (1 João. 3:1); e em virtude do testemunho do Espírito Santo que veio morar no seu coração de facto está escrito: "Recebestes o Espírito de adopção de filhos, pelo qual clamamos: Aba! Pai! O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rom. 8:15-16). E portanto ele está seguro de ser um herdeiro de Deus e um co-herdeiro de Cristo; ele está seguro de ter a vida eterna porque tem no coração aquele que é a vida eterna; e por isso sabe que quando morrer irá habitar no céu com Cristo e com os outros santos à espera da ressurreição. Além disso, dizemos que todos os que crêem, sendo que nasceram de novo, são também sacerdotes de Deus; de facto Pedro depois de ter dito no início da sua primeira epístola: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos..." (1 Ped. 1:3-4), afirma: "Mas vós sois... o sacerdócio real.." (1 Ped. 2:9). Veis? Todos aqueles que foram gerados de novo, ou seja, que renasceram são sacerdotes de Deus. E portanto todos aqueles que creram no Filho de Deus são sacerdotes. E, ainda segundo a Escritura, todos aqueles que creram foram feitos também reis e reinarão com Cristo sobre a terra de facto João diz que Cristo "nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai" (Ap. 1:6), e que ouviu as criaturas viventes e os vinte e quatro anciãos afirmar: ".. E com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra" (Ap. 5:9-10).

Quantos podem nascer de novo

A este ponto é lícito perguntar-se: “Mas quantos podem nascer de novo?” Todos os que o querem. Precisamos porém que com esta expressão não entendemos dizer que os que nascem de novo experimentam o novo nascimento porque o querem eles, porque eles o experimentam porque o quer Deus de facto está escrito que eles “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João. 1:13), e também: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra de verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas” (Tiago 1:18). Com a expressão acima referida queremos dizer somente que nós não conhecemos o número exacto daqueles que Deus decretou gerar pela sua Palavra e por isso dizemos a todos os homens que eles têm que nascer de novo para entrar no Reino de Deus.

Como se reconhecem os nascidos de novo

Ora, mas como se reconhecem os filhos de Deus neste mundo? Como se faz para perceber se alguém é nascido de Deus?

Ÿ Os que são nascidos de Deus são novas criaturas, na sua vida as coisas velhas (isto é os velhos e maus hábitos ) já passaram e tudo se fez novo de facto está escrito aos Coríntios: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.(2 Cor. 5:17); portanto se alguém diz ser um cristão mas não é uma nova criatura, ele não é nascido de Deus. Alguns dizem que são cristãos mas não são de todo novas criaturas porque a sua conduta dissoluta e malvada mostra que eles ainda são filhos da desobediência e escravos de toda a sorte de concupiscências; João diz: "Quem comete o pecado é do diabo porque o diabo peca desde o príncipio" (1 João. 3:8) e também: "Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo: Qualquer que não pratica a justiça não é de Deus..." (1 João 3:10). Também neste tempo há uma raça de gente que se diz cristã mas adora ídolos e entra em delírio por eles, mas a Escritura diz que "aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade" (1 João 2:4), portanto todos os que recusam obedecer ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo não são nascidos de Deus e não são filhos de Deus.

Ÿ Os que são nascidos de Deus crêem que Jesus é o Cristo, de facto está escrito: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo [do grego christos que significa “Ungido”], é nascido de Deus” (1 João 5:1), por isso todos os que não crêem que Jesus é o Messias (palavra que deriva de um termo hebraico que significa “Ungido”) não são nascidos de Deus e não são filhos de Deus

Ÿ Os que são nascidos de Deus amam Deus e a irmandade porque está escrito: "Qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus" (1 João 4:7); os que amam por obra e em verdade os irmãos são nascidos de Deus e conhecem Deus porque Deus é amor, mas "quem não ama permanece na morte... e não conhece a Deus; porque Deus é amor " (1 João 3:14; 4:8), isso significa que os que nos odeiam, mesmo se dizem ser cristãos, não são nascidos de Deus. João diz: "Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos" (1 João 3:14). Nós, antes de conhecer Deus não amavamos os irmãos, eles não eram pessoas que nos agradavam, com as quais amavamos estar e falar, nós não gostavamos visitar e ajudar os irmãos, porque estavamos na morte; nós que estavamos mortos desejávamos estar e falar com aqueles que estavam mortos como nós, nós tinhamos orgulho de ser amigos e companheiros dos pecadores e amavamos o seu perverso modo de viver e de falar, mas graças sejam dadas a Deus que nos fez renascer; no dia que nascemos de novo a nossa mente foi renovada pelo Espírito Santo e nós começamos a amar os santos, pelo amor de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito. Mas então, porque é que também nesta nação, muitos dizem ser cristãos e nos odeiam, nos desprezam, nos olham mal, não gostam de estar conosco, nem falar conosco e nos definem uma “seita” como se fossemos os seguidores de um qualquer impostor? A razão é que estes estão nas trevas mesmo se dizem estar na luz; eles são do mundo e nos odeiam porque nós não somos do mundo, de facto Jesus disse: "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia” (João 15:19). Irmãos, Cristo nos resgatou do presente século mau, por esta razão os que são deste mundo de trevas nos odeiam; eles dizem ser cristãos como nós e dizem ter o mesmo Pai nosso, mas não são de Deus mas do diabo.

Ÿ Os que são nascidos de Deus estão seguros de ter sido perdoados de todos os seus pecados e de terem a vida eterna, porque creram no Filho de Deus; está escrito: “Porque nele nós temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça..." (Ef. 1:7), por isso nós que somos de Deus fomos purificados dos nossos pecados porque eles nos foram perdoados pela fé em Cristo. Todos os que dizem que quando morrerem irão para o purgatório para serem purgados dos seus pecados não são nascidos de Deus e não são dos nossos porque a Escritura diz: "Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 João 1:7); o purgatório não existe e os que crêem na sua existência enganam-se a si mesmos. Os que dizem que vão confessar os seus pecados aos padres e que fazendo assim os seus pecados lhes são perdoados não são nascidos de Deus e enganam-se a si mesmos, porque o padre não tem o poder de perdoar a um homem os pecados que ele cometeu contra Deus. A Escritura ensina que só Deus pode perdoar os pecados ao pecador, conforme está escrito: "Ele é o que te perdoa todas as tuas iniquidades" (Sal. 103:3). Os que vão confessar-se aos padres não são de modo nenhum purificados dos seus pecados, de facto continuam a ter consciência de pecado, porque a confissão dos pecados, o pecador a deve fazer a Deus para ser perdoado e para renascer, conforme está escrito: "Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado" (Sal. 32:5). Nós que somos nascidos de Deus temos a vida eterna porque cremos no Filho de Deus; Jesus disse: "Aquele que crê em mim tem a vida eterna" (João. 6:47) e João nos escreveu: "Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna (1 João. 5:13). Se alguém diz ser um Cristão, mas diz de não ter a vida eterna não é nascido de Deus; muitos nos consideram presunçosos porque dizemos de ter a vida eterna mas o que dizemos é a verdade, porque está escrito: "Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho" (1 João 5:11). Os que dizem ser Cristãos mas ao mesmo tempo dizem que não têm a vida eterna porque estão ainda fazendo do seu melhor para ganhá-la não são nascidos de Deus; a vida eterna não pode ser ganha fazendo boas obras porque ela não está à venda; a vida eterna não é a recompensa que Deus dá ao pecador que se esforça para a conseguir ganhar, mas o seu dom que Ele dá gratuitamente a todos os que se arrependem e crêem em Jesus Cristo, conforme está escrito: "O dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom. 6:23).

O NOVO NASCIMENTO

A última coisa considerada no capítulo anterior é a chamada interna. Esta chamada comunica-se aos homens em o novo nascimento. De modo que somos trazidos, logicamente, a um estudo do novo nascimento ou regeneração.
I. A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO
1. O FATO DE SUA NECESSIDADE
Jesus não deixou dúvidas quanto a indispensável necessidade do novo nascimento como um pré-requisito à entrada no Reino de Deus quando Ele disse a Nicodemos: “Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” (João 3:5).
2. RAZÕES DE SUA NECESSIDADE
O novo nascimento é necessário porque:
(1). As bênçãos espirituais de Deus são somente para os filhos espirituais.
Rom. 8:16,17. O Homem, por natureza, não é um filho espiritual de Deus, ainda que o seja naturalmente. Adão é chamado “o filho de Deus” (Lc. 3:28). Esta filiação baseou-se, não no nascimento, nem na mera criação, mas na semelhança de Deus herdada pelo homem. Essa imagem era dupla: Adão tinha uma parecença moral e espiritual com Deus na santidade. Tinha uma parecença natural com Deus na personalidade. Para discussão mais ampla dessas semelhanças vide o capítulo sobre “O Estado Original e Queda do Homem”. Quando o homem caiu, ele perdeu a parecença moral e espiritual com Deus e assim cessou de ser um filho espiritual de Deus. Mas ele não perdeu sua personalidade, não caiu ao nível de um bruto e assim reteve uma base natural de filiação. Isto explica Atos 17:28-9.
Espiritualmente e moralmente o homem é um filho do diabo (João 8:44; e I João 3:10), porque traz a semelhança espiritual e moral do diabo. Assim ele deve nascer de novo para herdar as bênçãos espirituais de Deus, porque estas, como Rom. 8:16,17 mostra claramente, não são para ninguém exceto Seus filhos espirituais.
(2). O homem está espiritualmente morto e o reino de Deus, tanto aqui como além, é por natureza espiritual.
Rom. 5:12; Efe. 2:1; Col. 2:13; I João 3:14. A afirmação que o homem está espiritualmente morto quer dizer, por causa do pecado, que o homem está espiritualmente privado de vida espiritual divina; contudo, ele tem vida espiritual natural. O seu espírito perdeu toda afinidade real com Deus. Ele não tem afeto por Deus ou pelas coisas espirituais (Rom. 8:7,8). Ele não tem habilidade para as coisas espirituais (Jer. 13:23; João 6:65).
Portanto, nada há em a natureza do homem que o qualifique para a cidadania num reino espiritual. O que estiver espiritualmente morto não pode habitar um reino espiritual mais do que estiver fisicamente morto habitar um reino físico. Assim, deve o homem nascer de novo para poder entrar no reino de Deus.
(3). Estar no reino de Deus implica submissão à Lei de Deus e o homem por natureza está em inimizade com Deus.
Rom. 8:7,8. O reino de Deus é a Sua Lei nos corações de Seus santos; logo, entrar no Seu reino, é submeter-se à Sua Lei. Mas o homem, por natureza, não pode fazer isso porque ele está em inimizade contra Deus. É necessário o novo nascimento para que esta inimizade seja dominada.
II. A NATUREZA DO NOVO NASCIMENTO
1. CONSIDERADA NEGATIVAMENTE
(1). Não é uma erradicação da velha natureza
O novo nascimento pode-se chamar uma mudança de coração no sentido de uma mudança da disposição regente (incluindo os afetos bem como a vontade), mas o novo coração não desarraiga o velho. O velho, ou a natureza carnal, fica. Vide Rom. 7:14-25; Gal. 5:17. O novo coração ou natureza é colocado lado a lado do velho e o santo tem duas naturezas, como indicadas nas passagens pré-citadas. O novo nascimento deixa a velha natureza inalterada.
(2). Não é uma simples aquisição de religião
O homem é naturalmente religioso. Notai os atenienses pagãos em Atos 17. Recordai também as várias religiões e formas de culto nas terras gentias de hoje. Pouco importa quão religioso um homem se torne, sem o novo nascimento ele permanece essencialmente pecaminoso. Lemos num tratado metodista: “Cremos que alguém “adquira religião”, perca-a e fique eternamente perdido.” Escrevemos a margem: “Passar-vos-ei um melhor que esse: creio que um homem adquira religião, guarde-a e vá para o inferno, levando-a consigo.”
(3). Não é reforma humana
A reforma humana é superficial, deixando a natureza inteira essencialmente a mesma. Por essa razão a reforma humana provavelmente não dura. O novo nascimento será seguido de reformas, mas é reforma que provém de uma mudança fundamental na disposição regente e não a que se funda numa simples resolução da mente. A reforma humana nunca pode purgar da alma o pecado e implantar uma nova disposição. 2 Pedro 2:20-22.
(4). Não é adoção
Adoção é um termo legal. É o resultado imediato de justificação. Não é o mesmo que regeneração. Adoção faz-nos filhos de Deus legalmente, ao passo que a regeneração nos faz filhos de Deus experimentalmente. A adoção traz mera mudança de parentesco legal. A regeneração muda nossa natureza. A adoção tem de ver conosco como os filhos espirituais e morais do diabo por natureza. A regeneração tem de ver conosco como aqueles que por natureza estão privados de vida espiritual.
2. CONSIDERADA POSITIVAMENTE
A regeneração é aquele ato instantâneo de Deus na região da alma abaixo do senso íntimo pelo qual se remove toda a nódoa da alma, e pela qual, através da instrumentalidade da verdade, o exercício inicial da disposição santa assim comunicada se efetua. Na regeneração há também formada uma união inseparável entre a alma regenerada e o Espírito Santo.
Da descrição supra de regeneração notemos que:
(1). É um ato de Deus
O homem não pode dar nascimento a si mesmo. João atribui claramente a regeneração a Deus quando, ao falar de nascermos outra vez, diz: “Não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (João 1:13). Esta passagem nos diz que a nova natureza não é hereditária; que ela não provém da vontade da velha natureza (carne); e que não se realiza pela vontade de homem algum, mas é operada por Deus. Na regeneração não temos um homem trabalhando por si mesmo ou por algum outro homem, mas um homem trabalhado por Deus. Daí podemos amplificar a afirmação que encabeça este parágrafo e dizer que a regeneração é um ato soberano de Deus. João 3:8. Na sua fase inicial (vivificação) a regeneração é incondicional. Por ato algum de si mesmo o homem dispõe Deus a regenerá-lo .
(2). É um ato instantâneo
Diz A. H. Strong: “A regeneração não é uma obra gradual. Conquanto possa haver uma obra gradual da providência de Deus e do Espírito, preparando a mudança, e um reconhecimento gradual dela depois que ocorre, deve haver um instante de tempo em que, sob a influência do Espírito de Deus, a disposição da alma, logo antes hostil a Deus, muda-se para amar. Qualquer outra idéia assume um estado intermediário de indecisões que não tem nenhum caráter moral que seja e confunde a regeneração quer como a convicção quer com a santificação.” (System Theology, pág. 458).
A regeneração consiste de gerar e produzir , uma vivificação e um nascimento. E, por causa disso, alguns tem tentado explicar uma tal analogia entre os nascimentos físico e espiritual como interporia um lapso de tempo entre gerar e nascer; mas a separação quanto ao tempo entre gerar e nascer no reino físico é ocasionada por condições que são peculiares ao referido reino. Nenhumas condições tais prevalecem no reino espiritual.
Toda passagem da Escritura conduzindo ao novo nascimento implica que ele é instantâneo.
(3). Ele remove da alma toda a nódoa de pecado
Por natureza a alma do homem é pecaminosa, evidenciado pelo fato que a alma, quando separada do corpo, vai imediatamente ao tormento do fogo (Lc. 16:23). Se a alma dos incrédulos não fosse pecaminosa tanto quanto o corpo, não seria justo a alma sofrer no inferno. Mas que a alma da pessoa regenerada não é pecaminosa está evidenciado pelo fato que tal alma quando separada do corpo na morte, vai imediatamente à presença de Jesus, onde certamente nenhum pecado será permitido entrar. É-nos dito em 1 Pedro 1:22 que a fé purifica a alma.
E, a modo de mais extensa confirmação do precedente, notamos que, em descrever as duas naturezas dos crentes, a Escritura representa a velha natureza como corpo e carne, enquanto que a nova natureza é chamada mente ou espírito. O pecado no crente existe nas luxurias físicas e apetites, não na alma (espírito) ou parte imaterial do homem.
(4). Por meio desta purificação da alma os crentes se tornam “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4)
Assim a imagem espiritual de Deus se restaura na alma dos crentes. A nova disposição santa assim instilada é a nova natureza ou novo homem... criado em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24).
(5). O novo nascimento não está completo até que o arrependimento e a fé tenham sido operados na alma.
É a estes que nos referimos quando falamos acima de “o exercício inicial da santa disposição”, cujo exercício é efetuado pela regeneração. O arrependimento e a fé deveriam ser considerados como uma parte da regeneração mais do que como frutos dela. A alma não se renova enquanto ela permanece na impenitência e na incredulidade. Estas atitudes do coração expostas na regeneração. Isto se confirma pelo fato que a verdade é usada instrumentalmente na regeneração. Se a regeneração não consistisse da operação do arrependimento e da fé no coração, não haveria necessidade da instrumentalidade da palavra.
(6). O homem não é totalmente passivo na regeneração
Ele é passivo na vivificação, ou na comunicação inicial da vida. É passivo na mudança da disposição regente ou na remoção de toda a nódoa da alma. Mas no exercício inicial da santa disposição comunicada na regeneração o homem é ativo.
(7). Na regeneração forma-se uma união inseparável entre a alma regenerada e o Espírito Santo.
Rom. 8:26; Efe. 1:13,14. Esta união é tão íntima e completa que os santos gemidos do santo são os gemidos do Espírito Santo, por meio dos quais Ele faz intercessão pelo santo. É por meio desta união entre alma regenerada e o Espírito Santo que temos união moral e espiritual com Cristo (Rom. 7:2-4).
É em respeito a esta união do Espírito Santo com o espírito regenerado do homem que temos a diferença entre a regeneração no Velho Testamento e a regeneração no Novo. A do Velho era exatamente a mesma como a do Novo, exceto por isto:
III. COMO SE CUMPRE O NOVO NASCIMENTO
1. CONSIDERADO NEGATIVAMENTE
(1). Não por educação ou cultura
A educação e a cultura não podem tirar do homem aquilo que não esteja nele. Daí, desde que o homem é essencialmente pecaminoso e totalmente depravado, a educação e a cultura não podem nunca produzir aquela santa disposição regente que é operada na regeneração.
(2). Não por batismo
Que o batismo não é instrumental em o novo nascimento, está provado pelos seguintes fatos:
A. Não há nenhum meio concebível por que o batismo possa remover o pecado da alma ou comunicar uma santa disposição regente.
Os meios físicos não podem nunca operar uma mudança espiritual. A idéia de regeneração batismal “é parte e parcela de um esquema geral mais de salvação mecânica do que moral, mais coerente com uma filosofia materialística que espiritual.” (Strong).
B. Pedro afirma que o batismo não é o despojo da imundícia da carne senão a resposta de uma boa consciência para com Deus (I Pedro 3:21).
Uma boa consciência é a que foi purificada pelo sangue de Cristo (Heb. 9:14). Até que assim se purifica a consciência é má (Heb. 10:22). E quando alguém for purificado, não há mais consciência de pecados (Heb. 10:2). Daí um que tem uma boa consciência nunca fará nada para poder salvar-se, porque não tem consciência de pecados nenhum sentimento de necessidade de salvação. Tudo isto prova que alguém está salvo antes do batismo e não por meio do batismo.
C. As palavras de Jesus em Mat. 3:15 implicam que o batismo é uma obra de justiça e Paulo diz que não somente somos salvos pelas obras de justiça (Tito 3:15).
D. A fé deve preceder o batismo (Atos 2:41, 8:37, 19:1-5), e quando a fé é exercitada, já se está salvo (João 3:18; 5:24; I João 5:1,12).
E. Quando a fé foi exercida, a regeneração está completa; logo, o batismo que segue a fé não pode ser instrumental na regeneração.
A fé é operada no coração, como já foi mostrada e mais claro ainda se fará no capítulo sobre conversão.
F. O Ladrão na cruz foi salvo sem batismo.
A suposição que este ladrão deve ter tido o batismo de João antes de sua crucificação não tem base. Tal batismo não teria sido melhor do que o batismo recebido pelos doze em Éfeso, porque teria sido, como o dos doze, sem fé em Cristo, portanto não válida. O esforço para estabelecer que as palavras de Cristo ao ladrão formaram uma pergunta em vez de uma declaração é absurdo e sem o mais leve pretexto no grego. Que o paraíso é o céu, a presença imediata de Deus, está evidente de Apoc. 2:7 e 22:1,2.
Tomamos “água” em João 3:5 como um símbolo da Palavra de Deus na base dos seguintes fatos escrituristicos:
(a). A regeneração é uma lavagem (Tito 3:5) e é pela Palavra (Tiago 1:18; I Pedro 1:23).
(b). A purificação operada pela Palavra é como a “lavagem da água” Efe. 5:26.
Que é mais natural então do que “água” em João 3:5 representando o efeito purificador da Palavra na regeneração?
Alguns interpretam água em João 3:5 para referir-se ao nascimento natural. Uma interpretação tal é forçada e desnatural. Em nenhuma parte da Bíblia se fala do nascimento natural como um nascimento da água. E não havia necessidade de se dizer a um homem que ele tinha de nascer naturalmente para poder entrar no reino de Deus. A construção da frase também favorece a idéia que um só batismo é aqui referido. A preposição “de” ocorre antes de água só no grego.
2. CONSIDERADA POSITIVAMENTE
A regeneração é operada:
(1). Pelo Espírito Santo
João 3:5 nos diz que o novo nascimento é pelo Espírito Santo. Há dois sérios erros em referência à obra do Espírito Santo na regeneração. Um é que Ele opera (pelo menos em alguns casos) inteiramente independente e à parte da Palavra escrita de Deus. Isto é sustentado pelos Cascaduras. Conseqüentemente, eles crêem que os homens podem salvar-se sem o conhecimento da Palavra de Deus escrita. As passagens que atribuem à Palavra de Deus num lugar na regeneração, que são notadas sob a próxima epígrafe, refutam esta noção. O outro erro a que aqui nos referimos é o ensino que o Espírito na regeneração não age imediatamente sobre a alma, mas somente imediatamente por meio da Palavra. Isto é o ensino dos campbelistas. “As asserções escrituristicas da morada do Espírito Santo e do Seu imenso poder na alma proíbem-nos considerar o divino espírito na regeneração como vindo em contato, não com a alma, mas somente com a verdade. Desde que a verdade é só o que é, simplesmente, não pode haver mudança operada na verdade. As frases “energizar a verdade”, “intensificar a verdade”, “iluminar a verdade”, não tem sentido próprio, uma vez que Deus não pode fazer a verdade mais verdadeira. Se se opera alguma mudança, ela deve ser operada não na verdade senão na alma.” (Strong, Systematic Theology, pág. 453).
A depravação e inabilidade por natureza de receber a verdade e virar-se do pecado para Cristo e para a justiça (Jeremias 13:23; João 6:65; 1 Cor. 2:14) também mostram a necessidade absoluta do impacto imediato e da operação do Espírito Santo sobre a alma na regeneração. “O mero aumento de luz não fará que o cego veja; a doença do olho deve primeiro ser curada para que o cego veja objetos externos. Assim a obra de Deus na regeneração deve ser executada dentro da alma mesma. Sobre a cima de toda a influência da verdade deve estar a influência direta do Espírito Santo sobre o coração.” (ibid).
(2). Usando a instrumentalidade da palavra
A instrumentalidade da Palavra na regeneração está ensinada em Efes. 5:26; Tia. 1:18; 1 Ped. 1:23. É evidente de 1 Ped. 1:25 que a palavra nestas passagens é a Palavra escrita ou pregada antes que o Verbo encarnado (que é Cristo). Em 1 Ped. 1:23 a palavra está caracterizada como aquilo que “vive e permanece para sempre”. Então, no verso 24, está referido a natureza perecível de outras coisas. E, no verso 25, a duração da Palavra está de novo referida, e está plenamente especificada que a referida Palavra é “a Palavra de boas novas que vos foi evangelizada” (tradução correta).
Veremos mais adiante a evidência da instrumentalidade da Palavra na regeneração quando notamos em nossa consideração de fé, o que é o objeto e a base de fé, a qual é operada em nossos corações como parte da regeneração.
Todavia, carece de ficar entendido que na primeira fase da regeneração (vivificação) o Espírito opera sobre a alma independente da Palavra. À alma espiritualmente morta deve-se dar vida antes que ela possa ver e agir sobre a verdade. É na vivificação que se pode vir a Cristo (João 6:65). É assim que Deus dá homens à possessão de Cristo (João 6:37). “Na mudança primaria de disposição, a qual é o traço essencialíssimo da regeneração, o Espírito de Deus age diretamente sobre o espírito do homem. Na consecução do exercício inicial da nova posição – a qual constitui o traço secundário da obra de Deus na regeneração – a verdade é usada como um meio. Daí, talvez, em Tiago 1:18, lemos: “Do seu próprio querer ele nos gerou pela Palavra da verdade”, em vês de “Ele nos ganhou pela Palavra da Verdade” – a referência sendo ao secundário, não ao primário, traço da regeneração” (Strong, Systematic theology, pág. 454)
IV. EVIDENCIAS DO NOVO NASCIMENTO
1. CONFIANÇA GENUÍNA EM CRISTO SÓ PARA A SALVAÇÃO.
Notamos que a fé é operada no coração como uma parte (a secundária) ou regeneração. Isto é necessariamente assim porque a nova natureza não pode estar na incredulidade. A fé que se opera no homem pela regeneração não se detém por menos que implícita confiança e certeza em Cristo como salvador pessoal. Não é meramente crença a respeito dEle, mas fé e confiança nEle e sobre Ele. Isto é tão abundantemente evidente das passagens que tratam da fé que argumento mais extenso não é preciso para substanciá-lo.
Ninguém se regenerou até que esteja pronto a confiar o seu eterno bem-estar inteiramente a Cristo. Deve ter se arrependido das obras mortas (Heb. 6:1) . Todas as obras engajadas para a salvação são obras mortas. Nenhuma fé se conta por justiça e portanto não é fé salvadora. Exceto a fé do que “não obra” para salvação (Rom. 4:5). Enquanto alguém está olhando para qualquer coisa que não Cristo, não esta o tal regenerado.
2. O TESTEMUNHO E A PRESENÇA MORADORA DO ESPÍRITO
Rom. 8:16,9; 1 João 3:24; 4:13. O testemunho e a habitação do Espírito não se evidência por algum sentimento vago, místico, abstrato, mas pelo constante poder regente do Espírito (Rom. 8:14) produzindo devoção a Deus e uma vida obediente. É pela habitação constante do Espírito e Sua operação em nós que Deus executa até ao fim a obra que Ele começa em nós na regeneração (Fil. 1:6, 2:13). O testemunho e a moradia do Espírito estão evidenciados em todos os modos subseqüentes.
3. PRONTIDÃO EM ACEITAR A PALAVRA DE DEUS
João 8:47. Uma pessoa regenerada mostrará sempre um desejo de conhecer a vontade do Seu Pai em tudo a seguir essa vontade quando se torna conhecida. Não se achará andando continuamente em obstinada rebelião contra a verdade.
4. ESTADO CÔNSCIO DE PECADO
Rom. 7:14-25; 1 João 1:8. Nenhuma pessoa salva crer-se-á sem pecado. Os que crêem, estão enganados e sem a verdade, pela qual somos regenerados (Tia. 1:18) e feitos livres (João 8:32). Isto o torna claro que não estão salvos. A nova natureza reconhecerá sempre a presença do pecado no corpo, como no caso de Paulo (Rom. 7:14-25). Essa nova natureza tem em si mesma a unção iluminante do Espírito (1 João 2:27) e participa da natureza de Deus mesmo (2 Ped. 1:4), sendo criada em justiça e verdadeira santidade (Efe. 4:24). Não pode estar cega ao pecado.
5. AMOR DE DEUS E JUSTIÇA
João 8:42; Rom. 7:22; 2 Cor. 5:17; 1 João 4:16-19. Juntamente com o estado cônscio de moradia do pecado estará um amor de Deus e justiça, tal como no caso de Paulo. Paulo achou o pecado no corpo, mas contudo alegrou-se na Lei de Deus segundo o homem interior.
6. UMA VIDA QUE É OBEDIENTE SEGUNDO O SEU TEOR PRINCIPAL
João 14:21-24; Rom. 6:14; 8:6,13; Gal. 5:24; 1 João 1:6; 2:4,15; 3:8,9; 2 João 6. A vida da pessoa salva não será perfeita, mas será justa e obediente quanto ao seu teor principal. Para mais extensa discussão desta matéria vide estudo de 1 João 2:4.
7. PURIFICAÇÃO PROGRESSIVA
1 João 3:3. Enquanto o crente nunca alcançará perfeição sem pecado nesta vida, contudo ele sempre batalha contra os seus próprios pecados.
8. AMOR DE OUTROS CRENTES
1 João 3:14, 5:2. Há uma tal afinidade entre as pessoas regeneradas que elas se amam mutuamente. Uma evidência deste amor é que elas se alegram na presença e amizade de uns pelos outros. Deus, porém, ajuntou um outro teste de nosso amor pelos irmãos: se amarmos a Deus e guardamos os Seus mandamentos sabemos que amamos os filhos de Deus. Vede a segunda passagem à cima. Assim, de novo somos trazidos de volta à matéria de obediência a Deus.
9. PERSEVERANÇA ATÉ AO FIM.
Mat. 10:22; Rom. 11:22; Fil. 1:6; Col. 1:23; 1 João 3:9; 5:4. A perseverança tanto é uma doutrina da Escritura como a conservação. Pela conservação de Deus somos levados a perseverar. Estas duas doutrinas são perfeitamente coerentes e precisam de ser sustentadas e pregadas como verdades gêmeas. Ninguém alcançará o céu senão aqueles que resistem firmes até ao fim e vencem o mundo. Vide as promessas aos vencedores no Apoc. 3 e 4. Nenhumas promessas a outros. Mas todos dentre os regenerados vencerão (1 João 5:4).

Fonte:
http://www.palavraprudente.com.br

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